EUA Aumentam Recompensa por Maduro em Meio a Acusações de Narcotráfico

Publicado em 08/08/2025 03:03

EUA Aumentam Recompensa por Maduro em Meio a Acusações de Narcotráfico
Foto por Rock Staar no Unsplash

EUA Oferecem US$ 50 Milhões por Informações sobre Nicolás Maduro

O governo dos Estados Unidos anunciou que está dobrando a recompensa por informações que levem à captura do presidente venezuelano Nicolás Maduro, agora avaliada em US$ 50 milhões, aproximadamente R$ 270 milhões. Esta medida surge após acusações de que Maduro é um dos maiores traficantes de drogas do mundo.

Donald Trump, presidente dos EUA na época, sempre foi um crítico ferrenho de Maduro, que reassumiu a presidência da Venezuela em janeiro após uma eleição controversa e amplamente contestada internacionalmente por suposta fraude e repressão à oposição.

Apesar das tensões, alguns observadores notaram sinais de diálogo entre os dois países, como a troca de prisioneiros ocorrida em julho. No entanto, a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, reforçou a acusação de que Maduro está profundamente envolvido em esquemas de tráfico de drogas, justificando o aumento da recompensa.

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, criticou a nova oferta, chamando-a de 'patética' e parte de uma 'propaganda política'. Segundo Gil, Bondi estaria tentando distrair a opinião pública de críticas relacionadas ao caso Jeffrey Epstein.

Durante o primeiro mandato de Trump, o governo americano acusou Maduro e outros oficiais venezuelanos de crimes variados, incluindo narcoterrorismo e corrupção. O Departamento de Justiça dos EUA alegou que Maduro colaborava com as Farc para usar cocaína como uma arma contra os EUA.

Pam Bondi, em um vídeo divulgado nas redes sociais, acusou Maduro de alianças com grupos como o Tren de Aragua e o Cartel de Sinaloa. Ela afirmou que a DEA apreendeu 30 toneladas de cocaína ligadas a Maduro e seus associados.

Maduro, que lidera a Venezuela desde 2013 após suceder Hugo Chávez, rejeitou as acusações de envolvimento com o narcotráfico. No entanto, o caso do ex-chefe de inteligência venezuelano Hugo Carvajal, que foi condenado nos EUA por tráfico de drogas, tem gerado especulações sobre possíveis acordos com a justiça americana.

Após ser preso em Madri, Carvajal, conhecido como El Pollo, foi extraditado para os EUA. Inicialmente, negou as acusações, mas mudou sua declaração, levantando a hipótese de um acordo para reduzir sua pena em troca de informações sobre Maduro.

Além das ações dos EUA, o Reino Unido e a União Europeia também impuseram sanções ao governo de Maduro após seu retorno ao poder, intensificando a pressão internacional sobre o líder venezuelano.